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sexta-feira, novembro 5

Édipo, Chapeuzinho e o caralho a quatro.

Ultimamente eu ando devendo um texto, né?
Com essa história de provas, trabalho, viagem (um descanso na praia, com chuva) e vida social para manter, a convivência virtual vai se dissipando um pouco.
Mas hoje eu voltei! Ou não.


Os gregos é que sabiam...

Breves introduções para longas reflexões:
Ultrapassei o sinal vermelho, corri pro abraço tão cedo... Esqueci de pôr o cinto, não vi nenhum guarda e corri. Ah, pobre eu. Um pobre coitado, esquecido de suas limitações e ungido de angústia pelo alcançar da felicidade. Essa sede toda que me leva para a sarjeta e não me larga -e nem eu quero que largue- já começou a me preocupar. Não sei se falei demais, acho que deixei escapar uma ou outra lasca de prepotência minha... mas já parei. Entendi bem o meu lugar e aceitei minha condição. Nem feliz, nem triste. Vou esperar atravessar um certo umbral para dizer. Ou para dizerem, quem sabe. E me questiono do motivo, que será que houve, velhinho?

Resumo de uma mente imersa em caos:
Não é estranho pensar que para os outros a imagem é diferente do que se guarda do lado de dentro, é até previsível, quase óbvio. E nessa casca de inseto, sem maçã, não se sabe se é o homem ou o monstro que habita, talvez o monstro, já que o curandeiro está aí, na atividade. Nem viu passar a manhã de frio. Quando se deu conta, era aquilo que era, já todo modificado e protegido. Nesse casulo em que lhe enfiaram, o Juan continua seguro, continua aquecido e pronto para o que der e vier. Ele fica escondido, deixando-se ver por frestas na carcaça e absorvendo o que puder daqui do mundo de fora.
Ah, pobre ele. Um pobre coitado, que não consegue esquecer suas limitações e provido da angústia do conviver constantemente com o escuro e tudo o que ele traz nas costas; Deixa-se prender para ver o outro feliz, e em seu altruísmo esquece o que é essencial para si. Esquece que o alimentar-se vem antes do alimentar e que guiar alguém em seu caminho não pode tomar toda sua estrada. E, pior, não lembra que é essa personagem criada e que seu dono, sua Mary Shelley, encontra-se recluso, esperando a oportunidade de poder viver ele mesmo o que o monstro chama de vida. Pobre criador. Fala na terceira pessoa para esquecer que ele é eu¹.
E é por isso que há a dor, por causa das brechas, por causa desses momentos em que é preciso respirar um pouco e ser o que não interessa a ninguém que se seja, é por esse motivo que chega a melancolia e toda essa enxurrada de tudo o que se guarda, é para que a convivência torne-se, enfim, aceitável e, mais ainda!, possível. E é por isso que eu choro... Porque todo mundo um dia tem que ser triste. Benditos tenham sido os gregos, mais uma vez. Eu prefiro o possível difícil de aguentar do que o impossível bom de sonhar. Essa dose de realidade aviva, me mantém acordado para o mundo e não permite cochilos. Só quando à beira do excesso. 
E viva a Grécia, a verdade sobre as histórias e canções infantis e toda essa caralhada de responsabilidades que só a boa e velha vida real pode trazer.



¹Opheliac, Emmilie Autumn.

5 comentários:

  1. caracol!

    as pessoas são bem mais profundas do que eu
    fuck

    hueueuhehu
    belo blog julia

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  2. Surpreendentemente profundo, como sempre! rs

    as pessoas são bem mais profundas do que eu (2)
    fuck (2)

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  3. Eu já te disse que teus textos são incríveis, e que meu coração é exatamente igualzinho ao seu?

    É, então tá dito.

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  4. E essa faculdade cada vez mais dentro da gente... muito bom o texto Ju! :*

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