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segunda-feira, maio 3

37 segundos.

Pois é, me estranham esses paralelos que acontecem de vez em quando, é um nascer e morrer, um ter e perder, um gostar e desgostar que não acaba mais. Cada vez mais eu acredito naquilo que sempre acreditei. Cada vez mais faz sentido essa lei do equilíbrio que muda as nossas vidas, manda do jeito que quer e não respeita nenhum horário e nenhuma regra, faz mais sentido essa necessidade que ela tem de deixar tudo num patamar suportável, tudo numa coisa misturada, nem perfeita nem podre, para que todo mundo tenho um lugar ao sol, mas sinta frio nas costas.
E parece até coincidência que eu tenha citado esse período de tempo que nós vemos como tão insignificante, tão banal, e que, por isso mesmo, desprezamos. E não é a toa, está no nosso sangue, na nossa mente, a ordem imposta pela sociedade e por nós a nós mesmos e aos outros: "Corra!"... Só que esqueceram de implantar o "Aproveite a vista!", o "Curta o vento!" e até o "Não vá sozinho!"
Eu talvez vá ouvir que é inútil discutir esse tipo de coisa agora, que não há mais tempo nem razão em refletir sobre isso, mas é tão doloroso pensar que por estes mesmos motivos é que se cometem tantos crimes (e crimes hediondos, muitas vezes dolosos!) contra a convivência e a real vida humana que eu não me sinto no direito de deixar de lado e esquecer. Aliás, eu me sinto no dever de trazer isto à tona, jogar na frente das pessoas e dizer: "Vai, segura essa obrigação você também!"
Mas é que dói pensar que quando acontecer de novo, e eu sei bem com quem, eu também não vou estar preparado, nem imaginando que vá vir o que veio hoje -e nem quero imaginar, me abre um rombo no peito este pensamento- porque eu vou, eu TENHO que colocar num segundo plano. Eu PRECISO não pensar no assunto para simplesmente poder conviver comigo mesmo, sem pensar na responsabilidade que muita gente tinha e nem sabia e que, infelizmente, algumas pessoas não cumpriram fielmente ao planejado. Talvez nem eu. E é isso o que me machuca. Porque me cutuca como cutucou antes e vai cutucar sempre: "Será que foi o suficiente?".
Eu nunca vou saber e, novamente, nem quero imaginá-lo, eu simplesmente não aguentaria o peso de tal informação, não seria eu capaz de processá-la em conhecimento e manipulá-la como bem entendesse. Porque quando não cabe no peito, o que quer que seja tão grande ou tão espaçoso para tanto, não há o que se fazer, há que se aceitar e se aquietar. E não pensar. Só receber, alojar e deixar como está.

E eu não vou pedir desculpas, porque eu só quero lembrar daquilo pelo qual eu devia agradecer. Inclusive a lição e a noção da minha obrigação de viver, curtir e espalhar ao máximo os meus 37 segundos.
Aproveita ao máximo toda a picanha que o vô Zé vai fazer pra você.
Boa viagem. :')

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